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24 de outubro de 2009

ESTERILIZAÇÃO: CAMILA






Após várias tentativas para a apanhar, a Camila foi finalmente esterilizada.
Visto ter ganho algum peso com a comida que lhe damos 2 vezes ao dia, alguns vizinhos menos bem intencionados - que claro está nunca se preocuparam em alimentá-la - começavam a ficar entusiasmados com a hipótese de uma ninhada de uma gata siamesa (como se já não houvesse animais suficientes a morrer nas ruas e em canis), enquanto outros lhe atiravam com baldes de água para se afastar... 
No final de contas, a gata encontrava-se apenas e só muito bem alimentada, uma imagem muito diferente do corpo quase cadavérico que exibia quando a conhecemos.

Visto ser muitíssimo silvestre e não passível de adopção, com muita paciência, eu e o meu marido conversámos com as pessoas em questão (que se queixavam de uma hipótese remota de algum dia... quem sabe... talvez... ser possível virem a ter pulgas em casa...) sendo que após 8 dias a antibiótico e antes de ser solta, foi desparasitada internamente, aplicada uma pipeta anti-pulgas e, no caso de ser necessária proveniência, uma coleira de segurança anti-pulgas munida de uma chapa de identificação com o seu nome e o nosso contacto.

Durante a sua cómoda estadia, os aposentos da Camila foram esta jaula que adquiri pela net num fabricante espanhol - a mais em conta que encontrei, com um serviço ao cliente fantástico e entrega no dia seguinte - muito espaçosa, de facílima montagem, e totalmente desmontável para quando não se encontra em utilização.
(Neste momento encontra-se fora de stock, mas a que comprei foi a B293, que apesar de bastante grande, não me ocupa metade da casa!)

A Camila, toda vaidosa nestas fotos com a sua coleira nova, sente-se agora mais curiosa com a nossa casa e todos os seus habitantes. 
Só tenho pena que seja tão silvestre, caso contrário adoraria tê-la por cá.


( Imagens: Iolanda Mealha )

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30 de setembro de 2009

DE GATAS


Os últimos dias trouxeram imensas peripécias felinas, sendo que lamentavelmente a maioria não é totalmente feliz no seu conteúdo.

Uma delas, decorrida no passado Domingo, envolveu um gatinho bébé de cerca de 2/3 meses.
Após ouvi-lo miar desalmadamente durante horas num quintal próximo do meu, à noite o meu marido lá conseguiu avistá-lo na rua, debaixo de um carro.
Depois de inúmeras tentativas de o apanhar - as quais envolveram mais uma pessoa e dois vizinhos que o localizavam nas várias fugas - o gatinho preto refugiou-se habilmente no interior da roda de um carro sem que ninguém o conseguisse avistar, muito menos apanhar.

Estava eu de gatas à procura do bébé, quando como que combinado lá apareceram os donos do carro em questão, a caminho de viagem, tendo muito amavelmente verificado o motor do veículo e cuidadosamente tentado afugentar o pobre animal ligando o carro e virando lentamente a roda.

Claro está que o bébé fugiu novamente, de volta aos quintais, mas como a noite estava cerrada e não temos acesso aos espaços vizinhos, só nos foi possível avistar a esquiva criatura a apresentar-se ao Risquinhas numa tipicamente felina troca olfactiva.
Dado os bébés desta idade ainda serem extremamente vulneráveis na rua sem o auxílio maternal, só me resta esperar que se tenha juntado à primeira das nossas mini-colónias, alimentada duas vezes ao dia e protegida pela relativa segurança dos quintais.

Entretanto a Flora, uma doçura de gatinha e grande amiga do Fibi (na imagem) já mora cá em casa.


( Imagens: Iolanda Mealha )

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9 de setembro de 2009

DE COLAR

O Tomás já foi esterilizado, e hoje, dois dias após a cirurgia, retira o colar isabelino que tanto o incomoda nos afazeres diários.
Daqui a duas semanas, irá lentamente começar a forjar uma nova relação com o Fibi, relação essa que espero seja tão próxima e amigável quanto a do Fibi com o Tobias.

E, como a casa encontra-se mais que repleta de rapazes, o findar de Setembro trará mais uma presença feminina.
Novidades muito em breve...

Tomás has been neutered, and today, two days after the surgery, will finally get rid of the elizabethan collar which annoys him to a great extent.
Two weeks from now, he will slowly begin forging a new relationship with Fibi, which i hope will be as close and friendly as the one Fibi had with
Tobias.

And, because the household has more than its share of boys, late September will bring another feminine presence.
More on this quite soon...


( Imagem/Image: Iolanda Mealha )

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4 de setembro de 2009

PELO TÚNEL | THROUGH THE TUNNEL

Após uma muito longa espera devido a problemas gastrointestinais de difícil resolução, para grande alívio nosso o Tomás vai finalmente ser esterilizado!

Nestes últimos 2 meses, tem dormido isolado do resto da casa - a fim de na sua afirmação como macho Alfa não atacar o Fibi durante a noite - sendo que na última semana essa necessidade de protagonismo felino tem vindo a escalar dramaticamente.

Após a esterilização, resta-nos aguardar mais 2 semanas (o tempo que leva a diminuir os níveis de testosterona no seu organismo), e finalmente juntar-se-á sem restrições ao Fibi.
Entretanto, aqui deixo uma imagem do Tomás junto a um dos brinquedos da casa: um túnel para gatos que trouxe da Ikea e que de quando em vez faz as delícias dos felinos locais.

Bom fim-de-semana. :)

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After a very long wait due to difficult to resolve gastrointestinal problems, Tomás is finally going to be neutered!

In the last 2 months, he has been sleeping separated from the rest of the household - in order to, in his quest to assert himself as the Alfa male, not attack Fibi during the night - and in the last week his need to impose himself has dramatically increased.

After being neutered, we'll still have to wait 2 weeks so his testosterone levels drop completely, but after that period, he can finally join Fibi without any restriction whatsoever.
Meanwhile, here's an image of Tomás near one of the household toys: a cat play tunnel bought at Ikea, that once in a while proves to be immensely delightful for the local felines.

Have a lovely weekend.
:)

( Imagem/Image: Iolanda Mealha )

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2 de setembro de 2009

FAUNA VIZINHA


Para além dos animais que habitam cá em casa, alimentamos uma mini-colónia que vive entre o nosso telhado e os quintais dos vizinhos.

Dois deles, o Risquinhas - um tabby amarelado - e a Camila - uma jovem siamesa - aparecem-nos duas vezes ao dia e observam, do alto do telhado, os nossos afazeres e os dos seus vizinhos de quatro patas!

Lamentavelmente, há quem tenha como hobby o afogamento de ninhadas ou o envenenamento de colónias inteiras (ou então recorra ao uso da pílula nas fémeas, aumentando ainda mais o risco de cancro mamário), preferindo desse modo recorrer à violência do que a uma simples esterilização, feita a valores muitíssimo baixos no caso de animais de rua.

A fim de esterilizar a minha mini-colónia, comprei ontem pela net uma armadilha humana para gatos, a qual, através da colocação de algo delicioso como atum, permite apanhá-los sem os magoar (ver aqui).
Depois, basta verificar frequentemente se o gatinho já lá está e, mal entre, retirá-lo com cuidado.

Mais desenvolvimentos brevemente!

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Besides our pets, we feed a very small colony of cats which live between our rooftop and our neighbours' backyards.

Two of them, Risquinhas - a yellowish male tabby - and Camila - a young female siamese - show up twice a day and watch, from the rooftop, our daily affairs and those of their four-legged neighbours!

Unfortunately, some people have the habit of drowning liters or poisining whole colonies (or giving the pill to females, rising even more the risk of breast cancer), simply because they prefer resorting to violence than spaying and neutering the animals, a procedure performed at very low prices in case of a feral cat.

In order to spay and neuter our mini-colony, yesterday i've purchased online a humane cat trap which, by putting something delicious such as tuna, makes it possible to catch them without harm (seen here).
Then, all one has to do is to check it frequently, and as soon as the cat enters it, carefuly remove him/her.

More on this subject quite soon!

( Images: Iolanda Mealha )


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26 de agosto de 2009

O CANIL/GATIL DOS NOSSOS IMPOSTOS


Para lá chegar há que atravessar um corredor aparentemente infindável de cães acorrentados pelo pescoço.
Imóveis e assustados, aguardam que alguém os salve e os leve dali para fora, mas lamentavelmente, há quem prefira adquirir ou procriar um animal a dar uma segunda oportunidade a estas dóceis criaturas.

Findo o corredor envidraçado, e à distância de duas portas de metal, encontra-se o gatil; uma grande sala sem luz natural, repleta de boxes, e com o som inconfundível de muitos miares e alguns ladrares de cães bébés.
O cheiro é nauseabundo, devendo-se às fezes e urina que cobrem o chão. As boxes, com fundo de arame, aleijam as patas e estão na sua totalidade desprovidas de caixas de areia, por vezes comida, e muitas vezes de água limpa, estando os recipientes sujos com algo que aparenta ser uma mistura de urina e diarreia.
Devido ao fundo desconfortável e sujo, as escoriações nas patas são comuns, e por lá deixados, as hipóteses de sobrevivência, quer por eventual abate ou doença, são quase nulas.

Integrado no departamento de Limpeza Urbana - e ironicamente, muito longe de ser higiénico - os responsáveis pelo manuseamento e interacção com os animais não são assistentes de veterinária, mas sim homens do lixo.
Os veterinários aparentam desconhecer os animais, e se juntarmos o estado debilitado em que se encontram (por vezes pior do que na rua), então é fácil depreender que a assistência veterinária encontra-se reservada somente para o momento da adopção, quando se tornam pertença de alguém.
No meio de tantos animais, encontram-se vários bébés, alguns visivelmente doentes, outros aparentemente saudáveis. Uns com as mães, outros sozinhos, alguns nascidos no local - sobre a terrível base de arame - mas todos deixados à sua sorte.
Numa deslocação vi, juntamente com mais duas pessoas, uma mãe com os recém-nascidos, alguns ainda vivos, outros esmagados contra a rede de metal, o sangue deles a escorrer para o chão já de si imundo.
É uma imagem demasiado crua e cruel para transpor para palavras.

Este é o retrato do gatil municipal de Lisboa, por detrás de portas, a anos de luz dos olhares dos media que teimam em perseguir os candidatos à presidência.
É uma realidade de terceiro mundo, de cenário de guerra, financiada pelos nossos impostos e a qual, a maioria de nós, teima em virar a cara quer por indiferença quer por receio daquilo com que poderá ser confrontado.
Somente cerca de 8% dos animais que lá chegam têm a sorte de ser adoptados, pelo que, para além da esterilização massiva e não procriação de animais, é urgente sairmos da nossa zona de conforto e oferecermos uma segunda oportunidade de vida aos que por lá se encontram.
Lamentavelmente, este retrato não será certamente único neste país, mas por de lá haver resgatado alguns animais, é aquele que conheço intimamente.

A curto prazo, algumas medidas muito simples - e de baixo orçamento - melhorariam substancialmente a vida destes animais... No caso do gatil, bastava substituirem as boxes por outras com base em metal (a fim de não lhes aleijar as patas e serem de fácil higienização), de preferência individuais para não se propagarem doenças (só mistas no caso de mãe e crias), com acesso a comida e água limpas e, igualmente essencial, a areia de gato, renovada uma vez ao dia, a fim de fazerem as suas necessidades de modo higiénico.
No caso dos cães, bastava boxes ao ar livre (como as da entrada) e sem recurso a correntes, umas mantas, e acesso a comida e água limpas.
Para além disso, seria igualmente de louvar que todos os animais passassem obrigatoriamente por uma consulta veterinária aquando da sua chegada, e posterior tratamento caso necessário.
Esta simples logística seria levada a cabo com a ajuda de auxiliares de veterinária, profissionais certamente mais aptos para o contacto com animais que o pessoal da Limpeza Urbana.

Para além destas medidas dignas de país de primeiro mundo, o maior ganho estará na prevenção, pelo que seria também essencial abraçar uma nova política de controlo do número de animais de rua.
Há muito que defendo que os canis municipais, ao invés de actuarem como um corredor da morte, deveriam aplicar os seus recursos na prevenção de nascimentos, atacando o problema na raíz e não somente de modo paliativo.
As Câmaras devem utilizar os meios que possuem, como veterinários e instalações, na esterilização massiva de colónias a fim de prevenir os nascimentos, não na morte de quem já nasceu.
Ao esterilizar os animais de rua, devolvendo à colónia de origem os não domesticáveis e colocando para adopção as crias e adultos sociáveis (alojados em espaços com boas condições de limpeza e nutrição, claro está), estar-se-ia simultaneamente a controlar a natalidade e promover adopções.
Deste modo - mais humano e racional - de lidar com um problema existente, todos sairíam vencedores... Os animais não perderiam a vida de forma desumana, os veterinários serviriam o propósito da sua vocação (salvar vidas), e os impostos de todos nós contribuiriam para uma sociedade de trato mais civilizado.

A fim de defender uma política de esterilização nos canis municipais, foi criada uma petição online, que deverá ser assinada até ao próximo dia 15 de Setembro.
É da maior importância que todos aqueles que partilham de uma visão mais humana no trato animal se juntem a esta causa, a fim de todos juntos colocarmos um ponto final nesta calamidade silenciosa.

Para finalizar, gostaria de acrescentar que, apesar de não serem imagens confortáveis para quem gosta de animais, aconselho *vivamente* a adopção de um animal num qualquer canil/gatil municipal.
Pode parecer contraditório após este relato, mas o facto é que se todos virarmos o rosto áqueles cães e gatos, ninguém os salvará por nós.
Há que resgatá-los (sem recurso às cruéis tenazes de metal com que os retiram das boxes - basta colocar a transportadora lá dentro), oferecer-lhes uma segunda oportunidade na vida, e divulgar ao máximo as péssimas condições em que são mantidos.
A estatística, terrível na sua enormidade, confirma que 92% dos animais que por lá se encontram não são adoptados, pelo que quer percam a vida ao 9º dia de estadia ou passado um mês, o seu final será sempre o mesmo. A morte.
Cabe-nos a nós fazer a diferença.

( Na imagem pode ver-se o Tomás, um dos resgatados do gatil, duas semanas após a sua chegada a casa. Ainda muito magro e ferido, embora visivelmente melhor, encontrava-se nesse momento em recuperação. )


Canil Municipal de Lisboa, Estrada da Pimenteira, Monsanto.
As adopções podem ser realizadas nos dias úteis entre as 9h30 e as 17h00, e no fim-de-semana mediante contacto prévio através do telefone 21 361 77 00.
Passados 20 dias da adopção, a esterilização é gratuita.



( Texto e Imagem: Iolanda Mealha )

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14 de julho de 2009

FAUNA URBANA

Desde muito nova que me interesso por animais. Não um interesse passageiro e focado numa espécie ou raça em particular, mas em todos os animais, sem excepção.
Partilho a minha vida com uns quantos, que me enchem a casa da mais pura felicidade, e alimento e trato de uns tantos outros.
Sempre apoiei as causas com as quais me cruzei, mas por muito que se faça, por muito que se ajude, o número de animais a necessitarem de auxílio é tão avassalador que, inevitavelmente, sabe sempre a uma mão cheia de nada. Ou quase.

A criação deste blog nasce da necessidade de ser mais uma voz em prol da causa animal, pois sendo os seus direitos ainda uma mera utopia, nenhuma voz deve manter-se calada. Por muito rouca que esteja, todos podemos, e devemos, fazer a diferença.

Para além de todas as matérias relacionadas com esta temática, gostaria de colocar fotografias de animais para adopção, no intuito de ajudar a divulgar na procura de uma família simpática que os acolha. Para tal, basta enviarem-me um e-mail com as imagens e os dados de contacto, e publicá-los-ei aqui.
Quanto à publicidade que de futuro venha a constar do blog, a totalidade dos lucros reverterá a favor de tratamentos e esterilização dos animais com os quais me vou cruzando, e apoio a causas nas quais acredito.

Se gosta tanto destas fantásticas criaturas quanto eu, então junte-se à Fauna Urbana e faça-me companhia.

( Imagem: Iolanda Mealha )

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