Mostrar mensagens com a etiqueta saude. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta saude. Mostrar todas as mensagens

15 de dezembro de 2009

SEM PESTICIDAS


Sou vegetariana desde os últimos 15 anos, um regime alimentar que adoro e aconselho vivamente - facílimo de colocar em prática, ao contrário da crença popular - mas no que toca aos animais cá de casa, o caso muda de figura (consoante os especialistas, os gatos são essencialmente carnívoros, mas nos cães é possível limitar o consumo de carne).

Hoje em dia, com toda a informação disponível e uma incessante procura de melhores produtos para os nossos amigos de quatro patas, algumas marcas já começam a criar uma alimentação equilibrada e ética - na qual deliciosos ingredientes vegetais predominam - entre elas a The Organic Pet.

Com uma linha de alimentação complementar para cães (estará brevemente disponível a destinada a felinos), os biscoitos da marca britânica são orgânicos, sem conservantes, sem aditivos, sem sal, sem açúcar, e isentos de carne (o único ingrediente de origem animal, presente em alguns sabores, é o ovo).
Com um packaging giríssimo, e disponíveis nos tamanhos Minis, Bites, e Jumbos (perfeitos como oferta de Natal), estes deliciosos biscoitos são concebidos para manter uma boa digestão, fortalecer os dentes e refrescar o hálito, e apresentados em sabores verdadeiramente inusuais... Hortelã e Ervas; Canela e Mel; Tomate Seco, Espinafre e Ervas; Cenoura e Maçã; Mega Banana, e Banana Cantucinni.

The Organic Pet - à venda em todo o país nos Hipermercados Continente e Jumbo, El Corte Ingles, supermercados bio, pet shops, clínicas veterinárias e, para quem não se encontra por perto, na loja online da marca.


( Imagem: Iolanda Mealha )
Share/Save/Bookmark

4 de novembro de 2009

NA MANTA






Com a partida da doce Flora, as últimas semanas têm sido de constante observação dos restantes felinos. 
O Fibi e o Tomás, que consigo conviveram, têm estado a ser vigiados a possíveis sinais de PIF (abdómen inchado, febre, falta de apetite, letargia, e uma névoa em redor da pupila - mais comum em casos de PIF seco mas decorrente em ambos) e suplementados com vitaminas e minerais, Corpet e Interferon oral (Virbagen).

Como a doença é despoletada por uma situação de stress físico ou ambiental, também adquiri Feliway, o produto milagre à base de feromonas felinas, que em versão difusor eléctrico tem mantido a minha casa um verdadeiro retiro zen para gatinhos stressados. 
O Tomás, que secretamente pretendia demolir o quarteirão com o seu miar constante, está praticamente irreconhecível... É um produto absolutamente fantástico, o qual procurei imenso  em lojas físicas e na net e nada, até verificar que um veterinário que comecei a visitar recentemente tem stock deste produto e de tantos outros de difícil acesso.

Quanto às imagens de cima, para além do simpático Fibi, pode ver-se a Dot, o nosso primeiro animal de quatro patas, que apesar de muitíssimo fotogénica tem uma relação mais que dúbia com a máquina fotográfica - basta senti-la por perto e arreganha o dente, sendo portanto esta uma das raras ocasiões em que não aparenta ser uma verdadeira selvagem!



( Imagens: Iolanda Mealha )


Share/Save/Bookmark

13 de outubro de 2009

FLORA











Uma semana após a partida da Olívia, dirigi-me ao canil/gatil municipal de Lisboa a fim de dar uma oportunidade de vida a um dos inúmeros animais que por lá se encontravam. 
Nessa primeira visita, houve um em particular que me marcou profundamente e precipitou uma segunda ida - a Flora, uma pequenina gata branca com manchas negras, rasgados olhos de um verde-pálido, voz rouca de taberneiro, e o fim da cauda tragicamente em carne viva.
Miava imenso, com a característica voz e um olhar que nunca consegui esquecer, dirigindo-se a mim sempre que me via.
Consigo estavam dois bébés de cerca de 1/2 meses - que me asseguravam ser seus -  um deles, abstraído do local horrífico onde se encontrava, a brincar com a cauda ferida da suposta mãe.
A seu lado, na mesma box, estava a gata com os recém-nascidos já sem vida.

Apesar de querer muito trazer a Flora, devido a ter 2 filhotes e não os querer separar da 'mãe' - como já tinha excedido o número de animais permitido - acabei por trazer o Tomás e o Hugo, deixando a Flora para trás.

Nos dias que se seguiram a imagem da Flora a miar desalmadamente apoderou-se dos meus pensamentos, sendo que literalmente não conseguia pensar em mais nada, só nela presa naquela box imunda.
Mesmo tendo a noção que não é possível salvar todos os animais com que me cruzo e que esta gatinha seria mais uma entre os muitos que por lá se encontravam, senti-me impotente perante o seu destino, que caso por lá ficasse seria certamente trágico.

A fim de encontrar quem a albergasse, enviei e-mails e divulguei a Flora e os gatinhos o mais que pude, até que uma senhora do Norte me avisou que num forum se encontrava uma rapariga que tinha salvo uma gata do gatil municipal cuja descrição era a da Flora.
Incrédula, contactei a Ana - que a havia resgatado - que amavelmente me enviou as fotografias da gata tendo-se confirmado que, numa estranha obra do acaso, era mesmo a que havia visto, e que afinal, apesar de fisicamente semelhantes, os filhotes não eram seus.

A Flora - na altura Jade - era uma gata de rua (ver aqui e aqui), muito meiga, alimentada por uma senhora de idade lá para os lados de S. Bento, a qual, após ter uma ninhada, foi apanhada pelo canil municipal, onde a vi.

A sorte brilhou-lhe alguns dias depois, quando uma equipa de filmagens escolheu-a - juntamente com uma gata mais nova de aparência semelhante - para entrar num filme, mas aparentemente uma actriz não gostou muito da ideia de contracenar com as duas felinas e foram retiradas dos planos da equipa de filmagens.
Mesmo assim, a Flora e a sua pequena companheira já haviam sido removidas do corredor da morte e colocadas na clínica do canil, o que lhes acabou por salvar a vida.

Totalmente apaixonada pela frágil criatura que conhecera na pior das circunstâncias, comprometi-me no mesmo dia a ficar com ela, tendo ficado com a Ana até duas semanas após a segunda vacina contra o FeLV.
Foi esterilizada, a cauda foi parcialmente amputada e foi tratada enquanto aguardava a imunidade conferida pelas vacinas.

Fez este Domingo três semanas que a Flora chegou cá a casa. 

Mal a reencontrei achei-a um mimo, uma absoluta doçura, o animal mais frágil e doce que conheci, tendo-se integrado em apenas um ou dois dias com os outros habitantes da casa.
Muito bonita e castiça, a gatinha de tamanho mini, delicadas patas, olhos rasgados, pequenina cauda amputada e estranha voz rouca, reconquistou o meu coração e fiquei tão feliz por a ver novamente, desta feita na minha casa, com todo o conforto e atenção que merecia.

Quando chegou reparei que estava magra e com a barriga um pouco saliente mas, dado estar a ter acompanhamento veterinário, atribuí tal facto à sua própria constituição física.
No entanto, à medida que a semana ia passando, dado a barriga parecer visualmente 'deslocada' do resto do corpo, comecei a desconfiar que poderia ser PIF (Peritonite Infecciosa Felina).
No veterinário, após um teste de coronavírus altíssimo - 1 para 3200 - e juntamente com os outros sinais clínicos, confirmou-se o diagnóstico.
Claro está que fiquei devastada porque esta doença, praticamente incurável, é a mais temida entre quem tem gatos... Apesar de cerca de 80% destes animais já ter sido infectado pelo vírus FCoV - o qual origina esta terrível doença - o mesmo é praticamente inócuo até que uma situação de grande stress ambiental (mudança de casa, abandono, um novo animal) ou físico (vacinas, doenças) origina a sua mutação para PIF, que é nem mais nem menos que uma resposta inflamatória do sistema imunitário à presença do vírus mutado.

Como sempre, pesquisei todas as informações que consegui encontrar sobre esta doença, tendo descoberto que, apesar do diagnóstico de PIF ser à partida uma sentença de morte, religiosamente medicados cerca de 30% dos gatos conseguem montar uma resposta imunitária positiva e reverter o processo.
A Flora tinha um caso de PIF húmido ou efusivo, no qual o abdómen se encontra aumentado devido à presença de um líquido inflamatório amarelo, a ascite, que à medida que progredisse em volume acabaria  por fazer pressão sobre os orgãos vizinhos.
O prognóstico apresentava-se como muito reservado, mas dado 3 em cada 10 gatos sobreviverem ao PIF, decidi que, enquanto tivesse qualidade de vida, tudo faria para que a Flora pertencesse ao grupo dos sobreviventes (eu não acredito em eutanásia somente baseada num diagnóstico, pois enquanto o animal não sofrer, estiver confortável e passível de ser tratado, tem direito à vida).

A Flora estava estável, comia muito bem e fazia sua vida normalmente, pelo que decidi consultar outra médica, proactiva e muitíssimo bem informada, a qual, apesar de confirmar que haviam grandes hipóteses da Flora não sobreviver, considerou valer a pena iniciar o tratamento indicado nestes casos.
A Flora iniciou o tratamento que consistia em injecções de 2 em 2 dias do imuno-estimulante Infermun, num corticóide (para diminuir a resposta imunitária contraprodutiva), um antibiótico de tetraciclina (para evitar infecções oportunistas devido à baixa da resposta imunitária), um diurético (para ajudar a drenar o líquido inflamatório), 1 ml diário de Interferon oral (um imuno-estimulante), e três potentes suplementos alimentares: Corpet (outro imuno-estimulante comprovado, entre outros, em casos de FeLV, FIV e PIF) Hemolitan (um suplemento para casos de anemia) e Nutri-plus, um gel altamente calórico e nutritivo que já havia dado à Olívia e ao Tomás.

A Flora foi devidamente medicada e tratada com muito amor, mas infelizmente no Domingo perdeu a vontade de comer e notei que se esforçava a respirar.
Ontem, de lágrimas nos olhos e com suspeitas de que o líquido teria progredido para os pulmões, levei-a à veterinária que a seguia já a temer o pior, tendo-se de facto confirmado o que temia após um raio-x... Os pulmões estavam agora a começar a ser preenchidos e, apesar de ainda ter cerca de uma semana de vida, seria em desnecessário sofrimento, visto o seu sistema imunitário não estar a responder ao tratamento e a progressão da doença ir somente fazê-la definhar sem sentido.

A Flora foi adormecida connosco a seu lado, e apesar de ver uma criatura que amamos tanto cessar de respirar e cair inanimada ser absolutamente assustador e extremamente doloroso, sei de todo o coração que foi o melhor para ela, mas lamento que não lhe tenha sido possível ter uma vida mais feliz após um passado cheio de tristeza.
Como os nossos outros meninos que partiram, a Flora será cremada individualmente esta Quinta-feira, para que a sua presença faça parte das nossas vidas para todo o sempre.

Aqui deixo algumas fotos da gatinha mais suave e frágil que conheci...


( Imagens: Iolanda Mealha )

Share/Save/Bookmark

9 de setembro de 2009

DE COLAR

O Tomás já foi esterilizado, e hoje, dois dias após a cirurgia, retira o colar isabelino que tanto o incomoda nos afazeres diários.
Daqui a duas semanas, irá lentamente começar a forjar uma nova relação com o Fibi, relação essa que espero seja tão próxima e amigável quanto a do Fibi com o Tobias.

E, como a casa encontra-se mais que repleta de rapazes, o findar de Setembro trará mais uma presença feminina.
Novidades muito em breve...

Tomás has been neutered, and today, two days after the surgery, will finally get rid of the elizabethan collar which annoys him to a great extent.
Two weeks from now, he will slowly begin forging a new relationship with Fibi, which i hope will be as close and friendly as the one Fibi had with
Tobias.

And, because the household has more than its share of boys, late September will bring another feminine presence.
More on this quite soon...


( Imagem/Image: Iolanda Mealha )

Share/Save/Bookmark

4 de setembro de 2009

PELO TÚNEL | THROUGH THE TUNNEL

Após uma muito longa espera devido a problemas gastrointestinais de difícil resolução, para grande alívio nosso o Tomás vai finalmente ser esterilizado!

Nestes últimos 2 meses, tem dormido isolado do resto da casa - a fim de na sua afirmação como macho Alfa não atacar o Fibi durante a noite - sendo que na última semana essa necessidade de protagonismo felino tem vindo a escalar dramaticamente.

Após a esterilização, resta-nos aguardar mais 2 semanas (o tempo que leva a diminuir os níveis de testosterona no seu organismo), e finalmente juntar-se-á sem restrições ao Fibi.
Entretanto, aqui deixo uma imagem do Tomás junto a um dos brinquedos da casa: um túnel para gatos que trouxe da Ikea e que de quando em vez faz as delícias dos felinos locais.

Bom fim-de-semana. :)

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

After a very long wait due to difficult to resolve gastrointestinal problems, Tomás is finally going to be neutered!

In the last 2 months, he has been sleeping separated from the rest of the household - in order to, in his quest to assert himself as the Alfa male, not attack Fibi during the night - and in the last week his need to impose himself has dramatically increased.

After being neutered, we'll still have to wait 2 weeks so his testosterone levels drop completely, but after that period, he can finally join Fibi without any restriction whatsoever.
Meanwhile, here's an image of Tomás near one of the household toys: a cat play tunnel bought at Ikea, that once in a while proves to be immensely delightful for the local felines.

Have a lovely weekend.
:)

( Imagem/Image: Iolanda Mealha )

Share/Save/Bookmark

1 de agosto de 2009

TOMÁS, O RUIVO


Eis o Tomás, o mais recente membro da família.
Há cerca de três semanas trouxemo-lo, juntamente com outro gato, do Gatil Municipal de Lisboa.
Infelizmente o Hugo, um macho extremamente meigo, de pêlo comprido e ruivo - que nos pedia festas 2 dias antes - foi trazido já moribundo, tendo vindo a falecer duas horas após o resgate no veterinário privado, pensa-se que de panleucopénia.
Apesar de todos os esforços, não conseguimos salvar-lhe a vida.
Com a estadia obrigatória de 8 dias, e o contacto indiscriminado com outros animais nas terríveis condições já por todos conhecidas, o contágio de doenças é por vezes inevitável. Felizmente o Tomás teve mais sorte.

Entrou cá em casa muito magro, com uma infecção respiratória, diarreia, e as patas feridas de se encontrarem sobre urina e fezes, mas após uma quarentena de 20 dias e um tratamento intensivo, já recuperou quase todo o peso e encontra-se muitíssimo bem (e bem mais encorpado que nestas fotos, tiradas há 2 semanas atrás).
É positivo para FIV, o que seria de esperar visto ser um macho intacto com cerca de 7/8 anos e imensa testosterona - e as cicatrizes que o comprovam - mas felizmente encontra-se assintomático.
Assim é o Tomás... Lindíssimo, incrivelmente meigo e, como recentemente descobri, muitíssimo autoritário e vocal como a maioria dos gatos de coloração ruiva!

( Imagens: Iolanda Mealha )

Share/Save/Bookmark